Governo aciona justiça para decretar greve na Educação ilegal em MT Featured
O governo do Estado pediu à Justiça que decrete a ilegalidade da greve dos profissionais da rede estadual de ensino. Uma oficial de Justiça esteve, esta manhã, na Assembleia Legislativa, onde é realizada uma audiência pública, para tentar notificar o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes do Nascimento.
Após a notificação, a entidade tem prazo de 72 horas para apresentar os documentos e as razões que levaram a categoria a paralisar as atividades. O sindicalista afirmou à oficial que assinaria a notificação após o término da audiência. "Já sabíamos desde ontem que o Estado havia entrado com este pedido. Simular uma negociação era uma forma de ganhar tempo até que saia a decisão".
Ontem, enquanto o sindicalista estava com outros profissionais no acampamento montado desde o início da semana no Centro Político Administrativo (CPA), a oficial esteve na sede do sindicato. "Por isso já sabíamos".
No início da semana, uma comissão de sindicalistas se reuniu com o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, para construir uma proposta capaz de atender as reivindicações. O termo previa o aumento dos repasses para a Educação de 25% para 27,2%, o que na prática possibilitaria atender as reivindicações da categoria.
O estudo, concluído na terça-feira (3), foi encaminhado por Ságuas ao governador Silval Barbosa (PMDB), que iria analisar os termos para apresentar uma proposta, o que deveria ter ocorrido ontem. No final da tarde, o governo anunciou que precisaria de mais tempo e que a proposta seria mostrada na segunda-feira (9).
A greve dos professores da rede estadual de ensino deflagrada no dia 12 de agosto e atinge aproximadamente 80% das unidades de ensino.
Fonte: Só Notícias/Gazeta Digital